Princípios da Computação Ubíqua

Pelos menos três princípios são identificados na Computação Ubíqua, a saber:


Diversidade



   Os dispositivos ubíquos acenam com uma nova visão da funcionalidade do computador, que é a de propósito especifico, que atende necessidades especificas de usuários particulares. Apesar de vários dispositivos poderem oferecer funcionalidades que se sobrepõem, um pode ser mais apropriado para uma função do que outro. Por exemplo, o palmtop é bom para fazer anotações rápidas, mas não é o melhor dispositivo para navegar na web. Um telefone de tela pode ser o dispositivo escolhido pelo usuário em sua casa para navegar pela internet, com todo o potencial de cores e boa resolução que este dispositivo pode oferecer. Um outro aspecto da diversidade é o de como gerenciar as diferentes capabilidades de diferentes dispositivos, uma vez que cada dispositivo tem características e limitações próprias tornando difícil oferecer aplicações comuns.


Descentralização



   Na computação ubíqua as responsabilidades são distribuídas entre vários dispositivos pequenos que assumem e executam certas tarefas e funções. Estes dispositivos cooperam entre si para a construção de inteligência no ambiente, que é refletida nas aplicações. Para isso uma rede dinâmica de relações é formada, entre os dispositivos e entre dispositivos e servidores do ambiente, caracterizando um sistema distribuído. Quando os dispositivos têm que atualizar informações com os servidores ou com outros dispositivos, em especial com dispositivos de diferentes capacidades, questões de sincronização emergem e serão discutidas no capitulo sobre sincronização. Outra questão relacionada à distribuição inclui o gerenciamento, pelos servidores, das aplicações que executam nos dispositivos. Os servidores precisam manter registros de perfis de usuários e de dispositivos com capacidades diferentes. Além disso, o servidor deve ser altamente flexível, bem como poderoso, para tratar um vasto número de dispositivos em movimento.


Conectividade



   Na computação ubíqua, tem-se a visão da conectividade sem fronteiras, em que dispositivos e as aplicações que executam neles movem-se juntamente com o usuário, de forma transparente, entre diversas redes heterogêneas, tais como as redes sem fio de longa distância e redes de media e curta distancia. Para que se atinja a conectividade e interoperabilidade desejada é preciso basear as aplicações em padrões comuns, levando ao desafio da especificação de padrões abertos.



Fonte:
Computação Ubíqua: Princípios, Tecnologias e Desafios - Por Regina Borges de Araujo
XXI Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores
Departamento de Computação – Universidade Federal de S. Carlos (UFSCar)
Caixa Postal 676 – 13565-905 – São Carlos - SP – Brasil

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